Sunday, October 11, 2009

Prosperidade

Acabo de ler uma história, publicada em www.casadoconhecimento.com.br, que traz, segundo a autora, a verdadeira natureza do dinheiro. Serve pra refletir um pouco...
Voilà...





Mês de agosto nas praias do Mar Negro. Chove e a cidadezinha parece totalmente deserta. São tempos difíceis e todo mundo está com dívidas, vivendo apenas de crédito.


De repente, um turista rico aparece. Ele entra no único hotel da cidade, deixa uma nota de 100 Euros no balcão e vai inspecionar os quartos do estabelecimento a fim de escolher um.

O dono do hotel pega a nota e corre para pagar sua dívida com o açougueiro.

O açougueiro pega a nota de 100 Euros e corre para pagar o criador de porcos.

O criador de porcos pega a nota de 100 Euros e corre para pagar sua conta no armazém local.

O dono do armazém local pega a nota de 100 Euros e corre para pagar sua dívida com a prostituta local, que nesses tempos difíceis estava trabalhando a crédito.

A prostituta então corre para o hotel e paga com a nota de 100 Euros seu aluguel de quartos que estava atrasado.

O dono do hotel deita a nota de 100 Euros em cima do balcão de modo que o turista não desconfie de nada.

Nesse momento o turista desce as escadas após inspecionar os quartos e decide que não vai ficar com nenhum. Pega a nota e vai embora da cidade.

No final das contas, ninguém lucrou nada. Mas a cidade inteira sanou suas dívidas e pode olhar para o futuro com mais otimismo.

Friday, October 9, 2009

Inovação e Motivação

Eu tenho lido um pouco sobre Psicologia. Psicologia aplicada para ser mais preciso.
Um colega de trabalho, Carlos, publicou uma apresentação do TED (www.ted.com) de um cara chamado Dan Pink. Ele apresenta o resultado de alguns experimentos em Psicologia e faz o link com o atual sistema de recompensas, predominante no mundo capitalista. Voilà!

Thursday, September 3, 2009

Hey Jude - Trafalgar Square - London

Acabei de receber um e-mail de Karine, uma grande amiga, com um vídeo rochedíssimo patrocinado pela T-Mobile, empresa de telefonia inglesa. Legal notar como eles conseguiram fazer um povo, aparentemente tão frio, cantar com tanta alegria.
Vale a pena conferir.

Sunday, August 23, 2009

Sand Animation

Acabo de ver um vídeo publicado num blog de um colega, Carlos.
Uma surpreendente animação feita com areia.

Monday, August 3, 2009

Um pouco de música

Acabei de ver um post no Kibe Loco que trazia esse vídeo de Bobby McFerrin.
Vale a pena dar uma olhada.


Monday, July 20, 2009

Um pouco mais de Milgram

Complementando o último post, achei um vídeo legal que retrata bem a experiência realizada por Milgram.

Milgram - Experimentos em Psicologia



Acaba de sair no blog Acerto de Contas um excelente post sobre os experimentos de Milgram de 1963 que apontam como o ser humano facilmente se submete a autoridades, correndo sério risco de cometer atrocidades.
E olhe que da maneira como ele aborda o tema, a sensação que tive é que qualquer um pode se tornar autor de barbaridades.

Para ler o post completo, clique aqui.

Wednesday, July 15, 2009

Prof. Ruy Queiroz fala sobre Patentes

Acabo de ler um excelente artigo do Professor de Ciência da Computação da UFPE, Ruy Queiroz.

Voilà!

Patentes, Propriedade Intelectual e Inovação na Era Digital

A tecnologia digital tem invadido cada aspecto do nosso dia a dia. Adquirimos alguns hábitos típicos era da internet como: concordar com termos de serviço ou licença de uso sem ao menos ler os textos; disponibilizar e/ou compartilhar arquivos de música ou filme; instalar programas aplicativos em nossos computadores pessoais ou aparelhos celulares. Poderíamos nos perguntar se tais usos seriam, ou mesmo morais. Certamente, a grande maioria não tem certeza da resposta. O fato é que, se por um lado os sistemas sociais, politicos e econômicos, assim como a Lei, mudam lentamente, por outro lado, a tecnologia muda num piscar de olhos. Nós, usuários, ficamos ali na lacuna entre a velocidade da inovação tecnológica e a lentidão das mudanças sociais.

Não obstante, com tantos benefícios à sociedade trazidos pelos avanços tecnológicos, é impossível não reconhecer a importância do conhecimento e da disseminação da informação na sociedade contemporânea. Inovações tecnológicas estão cada vez mais presentes no cotidiano, desde novos medicamentos ou equipamentos médicos mais sofisticados, a novos e “espertos” aparelhos celulares, invariavelmente produtos de novas descobertas científicas e invenções. Surge naturalmente o dilema: como incentivar a invenção e a descoberta de novos conhecimentos e, ao mesmo tempo, garantir sua ampla disseminação e aplicação? No início da era industrial nasce o conceito de proteção à invenção e à descoberta científica sob forma de patentes e propriedade intelectual. Segundo a Constituição americana, o objetivo da lei de patentes é “promover o progresso da ciência e artes úteis.” Por sua vez, a Lei brasileira 9.729/96 prevê que “a proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante a concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade.”

Há duzentos anos, exatamente no dia 04/07/1809, encerrava-se o segundo período à frente da Presidência dos Estados Unidos de um dos pioneiros da lei de patentes norte-americana, e, sobretudo alguém que defendia que o conhecimento e o acesso ao conhecimento eram essenciais à preservação de uma democracia. Para Thomas Jefferson, o principal autor da Declaração da Independência dos EUA (1776), e um dois mais influentes defensores dos ideais do republicanismo nos Estados Unidos, a busca pelo conhecimento e por sua disseminação eram componentes necessários para o desenvolvimento econômico e uma melhor qualidade de vida para todos os cidadãos. No entanto, segundo Jeffrey Matsuura (“Thomas Jefferson and the Evolution of a Populist Vision of Intellectual Property Rights and Democratic Values,” publicado no periódico Archipelago, Vol. 10-34, March 2007), Jefferson acreditava que os direitos à propriedade intelectual propiciavam uma ferramenta útil, mas não essencial, para o incentivo à invenção, pois reconhecia que tais direitos poderiam representar incentivos econômicos para que inventores desenvolvessem e compartilhassem suas inovações.

Porém, como lembra L. Gordon Crovitz em recente artigo de opinião no portal do Wall Street Journal (“Why Technologists Want Fewer Patents”, 15/06/09), até o advento da era digital, patentes eram tipicamente para novas máquinas ou melhoramentos em máquinas existentes. Ultimamente, no entanto, as cortes americanas têm confirmado patentes para novas idéias sobre como fazer coisas, pouco ou nada relacionadas a uma máquina a não ser um computador. Aí estão incluídas patentes para técnicas em finanças, contabilidade e seguros. Mês passado, no entanto, a Suprema Corte americana concordou em reconsiderar o que pode ser patenteado, e isso deverá envolver dezenas de milhares de patentes existentes e uma reflexão sobre o papel das patentes. O fato é que a própria idéia de propriedade intelectual, que dá fundamento às leis de patentes, marcas, direitos autorais e segredos industriais começa a ser questionado. Se por um lado as criações intelectuais se constituem em bens intangíveis porém com valor, por outro lado a lei as enxerga como uma forma de propriedade, à qual se aplicam os mesmo direitos, responsabilidades e proteção que se aplicam às propriedades físicas. Como diz Larry Downes (“IP Law Versus Moore's Law”, CIO Insight, 02/05/07), “essa ficção funcionou bem no início do capitalismo, mas somente porque ‘roubar’ informação era difícil. Antes de Gutenberg inventar a prensa, o custo de copiar um manuscrito era muito alto, mas desde a Revolução Industrial, a tecnologia tem tornado mais rápida e mais barata a distribuição da informação.” Daí, a lei de patentes hoje mais se parece com uma placa tectônica entre a Era Industrial e a Era da Informação. Como em outras áreas da propriedade intelectual, as patentes estabelecem regras sobre como as invenções funcionam e como essas informações podem ser usadas e compartilhadas. O fato é que as maiores inovações hoje em dia são métodos melhores ao invés de novas máquinas. Crovitz cita um advogado do Vale do Silício que diz que “diferentemente da Revolução Industrial, muitas das invenções de hoje não nos provocariam nenhuma dor se nos caíssem em cima do pé.”

Para se ter uma idéia do quão necessária se faz uma reforma no sistema de patentes, Crovitz lembra que a IBM, que há anos tem sido a maior produtora de patentes, agora diz que estão sendo concedidas patentes em demasia. A empresa também é a líder em patentes do tipo “métodos de negócios” que pode vir a ser invalidado pela Suprema Corte americana, risco que corre também o software, cuja patenteabilidade tem sido questionada por muitos juristas.

Em seu comentário, Crovitz também chama a atenção para os custos decorrentes das disputas sobre patentes. Algo como 500 milhões de solicitações de registro por ano são submetidas ao escritório de patentes do governo americano, levando os custos de litígio a um montante superior a US$10 bilhões por ano para que se defina quem tem direito a que. Além do mais, como escreveu o jurista Richard Posner, patentes para idéias criam o risco de “gerar enorme poder de monopólio (imagine se a primeira pessoa que pensou num leilão tivesse sido permitida patentear sua idéia!).” Estudos indicam que, com exceção das indústrias química e farmacêutica, o custo de litígio hoje ultrapassa os lucros que as empresas geram das patentes licenceadas.

Concretamente, quase todo fabricante de um novo produto tem que fazer um grande esforço para se certificar de que não está violando uma patente, o que parece ser a razão pela qual a própria IBM está levantando a voz, avalia Crovitz. “Na Era Industrial, inovação era sobretudo o resultado do trabalho de indivíduos ou de pequenos grupos dentro de uma empresa," explica o advogado da IBM, David Kappos. “A natureza da inovação mudou. Hoje, nos beneficiamos de invenções que se tornaram possíveis através de tecnologias altamente colaborativas e interconectadas. Muitos dos produtos que os consumidores demandam são complexos e incluem contribuições de múltiplos inovadores que incorporam centenas, se não milhares, de invenções patenteadas.” Segundo Kappos, isso “aumenta a necessidade de que a determinação do escopo válido dos direitos à patente seja previsível e claro.” No atual estado de coisas, a imprecisão das leis de patente significa que “o tempo precioso de cientistas e engenheiros habilitados é muito frequentemente gasto se defendendo contra litígios custosos e que demandam tempo, ao invés de criar inovações e gerar crescimento econômico.” Em livro a ser lançado em Outubro de 2009 (“The Laws of Disruption: Harnessing the New Forces that Govern Life and Business in the Digital Age”, Basic Books), Larry Downes, especialista em questões legais em torno da inovação tecnológica, chama a atenção para os cuidados que inovadores têm que tomar para não serem surpreendidos com ações de violação de patente. É preciso se antecipar a desafios legais que possam vir a surgir em função da natureza do produto ou serviço inovador. Segundo Downes, crítico contumaz da natureza lenta da lei para se adaptar a novas tecnologias, especialmente tecnologias que são aplicadas rapidamente e ainda evoluem, os desafios não virão do governo, mas dos competidores, que usarão o sistema de leis para desacelerar ou parar o progresso de inovações que lhes desagradem. “Quanto mais radical for a inovação, mais provavelmente os competidores tradicionais usarão os tribunais para desacelerar ou parar seu progresso. Trata-se de uma conseqüência natural da crescente lacuna entre o potencial da tecnologia para mudar nossas vidas e nossa capacidade de nos adaptarmos rapidamente. O ritmo com que a inovação tecnológica muda as regras de uma indústria é invariavelmente mais rápido do que a indústria deseja mudar. A Lei é uma das principais armas de resistência.”

Um dos pontos principais do argumento de Downes é que a Lei é projetada para mudar lentamente, seja através da tradição da lei comum na qual juízes aplicam velhos precedentes a novos fatos, ou por meio do processo legislativo, que é feito para ser deliberativo num esforço para conter paixões e excesso de reação humanos. Trata-se de um tema que permeia seus escritos, desde o artigo ”When Software isn’t a Product” (CIO Insight, 10/07/08), que lida com a mudança do status do software de produto para serviço, e a conseqüente porém não inteiramente intencional mudança do corpo de leis que governa as transações de software, da lei de vendas à lei de licenças, até ”eBay and the Legal Problems with Online Marketplaces” (CIO Insight, 13/08/08), que analisa dois casos recentes de processo contra a empresa de leilão eletrônico eBay envolvendo sua responsabilização por permitir a comercialização de produtos falsificados. Tais casos seriam sinais de que estaríamos à beira de uma mudança de paradigma, e que uma mudança revolucionária estaria se aproximando em ritmo acelerado. Os incidentes de conflito com o sistema de leis antigo seriam mais alguns desses sinais de proximidade da revolução, que segundo Downes, é inevitável, mas não precisa ser violenta.

Sunday, July 5, 2009

Tribos

Very good Seth Godin's presentation about leadership and tribes.

Voilà...

Wednesday, July 1, 2009

Mulheres e Homens


Segue o trecho do livro a Alma Imoral, de Nilton Bonder.
Cuidado com esse livro. :)

"Anatomicamente, para o homem, otimizar sua reprodução é conseguir fecundar quantas fêmeas lhe for possível; para a mulher, a reprodução é uma experiência única em seu ciclo ovulatório e a qualidade da fecundação, fundamental. Temos aí então organizada uma dança social que irá variar com elementos do meio ambiente, sejam econômicos ou de assentamento (urbano ou rural) ou qualquer outro. Daí derivam os hábitos do acasalamento, sejam eles originariamente poligâmicos - por conta dessa realidade combinada de mandamento de procriação e diferenças anatômicas entre homens e mulheres em sociedades nômades - ou monogâmicos, regulamentados por conta de novas condições sedentárias. As mulheres buscam o fecundador perfeito que lhes dará maior chance de procriar com sucesso, seja por critérios de força, saúde, inteligência, tradição cultural ou riqueza. Os homens, por sua vez, usufruem a benesse da monogamia, a partir da qual terão direito a uma mulher sem ter de enfrentar a cruel e destrutiva competição daqueles que, sendo mais dotados em qualquer dos critérios acima, poderiam tomar a si quantas mulheres quisessem. Para haver paz, em dadas condições de 'oferta e demanda', cada sociedade (a cada geração) trataria de encotrar as melhores convenções sociais possíveis. A monogamia, por exemplo, impões sacrifícios tanto ao homem - que não pode 'moralmente' espalhar sua semente em muitas mulheres - com às mulheres, por terem de se conformar com a melhor semente disponível entre os homens 'moralmente' descompromissados. A causa desse acordo de sacrifícios é possivelmente a otimização que as sociedades sedentárias e urbanas tiveram de empreender para assegurar melhores níveis de paz social."

E esse é só o começo do livro.. :)

Tuesday, June 16, 2009

Um vídeo diferente

Alguém me explica?





Outros vídeos legais de Joaquin Baldwin em: http://vimeo.com/joabaldwin

Thursday, April 2, 2009

Visão, Audição, Tato, Olfato, Paladar e ....

Esse vídeo acabou de ser postado no blog de um colega de trabalho, Gilliano.
O vídeo fala sobre o surgimento de um sexto sentido ... Vale a pena conferir.






Monday, March 9, 2009

Capital Espiritual

Acabo de ler um texto que traz um termo do qual nunca ouvi falar: Capital Espiritual.
Apesar do termo "Espiritual" ser algo tido como esotérico e tal, sinto que as ideias do autor estão em sintonia com o que algumas organizações estão pondo em prática.

Gostei principalmente das partes da auto-consciência, da motivação por visão e valores, e do ser holístico.
Tá.. o texto também tem umas partes meio viajadas, como o trecho em que ele cita a questão do DNA. Mas eu gostei também. :P

Segue o texto na íntegra...





Capital Espiritual (*)

Uma nova visão de capitalismo e negócios está ingressando rapidamente na sociedade, deixando cada vez mais evidente que é insustentável o foco imediatista do capitalismo tradicional, em que valem apenas os resultados financeiros e metas de venda do próximo trimestre, bem como as suas hipóteses básicas sobre o ser humano, basicamente motivado por dinheiro e essencialmente egoísta. As atividades de comércio e trocas tem mais de 40.000 anos, ao passo que o capitalismo tem 200 anos. Há algo a aprender com isto? O lado positivo da globalização é que os negócios podem transcender os governos, os políticos e as religiões. A globalização nos faz apreciar melhor outras culturas, dando a chance de construir mais capital espiritual.

Existem três tipos de capital nas organizações:

Material: basicamente patrimônio e dinheiro, assegurando os recursos físicos do empreendimento
Social: indica quão felizes e seguros nos sentimos, levando a uma alta confiança e qualidade de vida
Espiritual: representado pelo montante de significado, alinhamentos e de servir aos clientes e globalmente aos seres humanos
Se avaliarmos as crises pelas quais estamos passando, podemos resumi-las a uma crise de significado, portanto uma crise espiritual.

Assim como há diferentes tipos de capital, há também três tipos de inteligência:

Material: muito ligada à visão tradicional do QI – Quociente Intelectual
Social: ligada ao QE – Quociente Emocional, a habilidade de se adaptar às situações diversas. Tem em Daniel Goleman seu principal disseminador. Sem o QE você não pode usar bem seu QI.
Espiritual: é o QS, ligado a nossa necessidade de significado, de propósitos reais e valores mais elevados, que são as questões fundamentais da vida. Quando não temos significado, nós ficamos doentes. O QS integra o QE e o QI, sendo a fundação necessária para o funcionamento eficiente da inteligência intelectual e emocional.
Quais são as qualidades da inteligência espiritual?

1) Auto – consciência – sei quem sou? O que quero? Pelo que quero morrer? Por que gosto e não gosto? Tenho tempo para refletir sobre isto? É saber que nosso self é maior que nosso ego.

2) Motivação por visão e valores – ir além de nossos interesses e de nossa família. É praticar o idealismo que transforma o mundo

3) Capacidade de lidar com adversidades – quão bons somos em transformar as dores em aprendizagem? Nos Estados Unidos (e também no Brasil) não se gosta de falhas, de erros, e há o pressuposto de que tudo pode ser consertado, que tudo deve ser rápido e fácil. As adversidades questionam isto.

4) Ser holístico – capacidade de ver a conexão entre fatos, idéias, locais e épocas, é o inverso de colocar cada coisa em um compartimento separado e estanque. É o interessar-se por tudo, num mundo em que a educação é voltada à acumulação de conhecimentos e não às conexões entre as matérias. Isto também é feito no mundo do trabalho, quando se diz: Faça apenas o seu trabalho!

5) Celebração da diversidade – é ir além de uma % de minorias em nossa empresa e de ter tolerância aos “diferentes”. Celebrar a diversidade é reconhecer que você é diferente de mim, que você tem um histórico familiar e profissional baseado em outros fundamentos, assim como a tua religião é outra, e agradecer a Deus por isto, pois você me faz confrontar e me induz a re-avaliar minhas formas de ser, de pensar e de agir

6) Acreditar no que faz – é ter a coragem de defender nossos pontos de vista, em qualquer situação

7) Por que devo fazer isto? – é ter a insistência de uma criança de 4 anos de idade que pergunta “por que?”. Por que não posso fazer diferente? É preciso questionar o sistema, o jeito com que as coisas sempre foram feitas. As perguntas abrem, ao passo que as respostas fecham

8) Habilidade de conter-se – sempre que vemos o quadro maior devemos equilibrar nossos desejos e aspirações individuais com os do todo

9) Espontaneidade – é a habilidade de responder com o coração para quem está à nossa frente, sem preconceitos. É também assumir nossa responsabilidade pessoal, não se colocando como vítima ou colocando a culpa nos outros pelo que nos acontece

10) Compaixão – é o sofrer com, é curar a alegria e dor dos outros, é estender a compaixão a todo o Universo. É o reconhecimento de que nós sempre existimos, desde o Big Bang, que dentro de nosso cérebro e corpo estão o DNA e a história inteira da humanidade

Quando vemos estas qualidades da inteligência espiritual, podemos perguntar: não são estas as competências essenciais em nossas organizações?

O papel das empresas é nutrir e abrir espaço para as pessoas usarem as suas inteligências espirituais, possibilitando assim o surgimento do “ser humano”, realizando desta forma os capitais materiais, sociais e espirituais.

Danah encerra dizendo que se ela puder deixar uma única e simples mensagem para nutrir a experiência espiritual, esta é “fazer perguntas, perguntar sempre o por que?”

(*) Transcrição de anotações da palestra de Danah Zohar e observações de Gustavo G. Boog.

O texto foi publicado em http://www.guiarh.com.br/pp51.htm

Thursday, March 5, 2009

Entrevista Floriano Serra

Segue uma entrevista publicada no site guiarh.com.br
É um pouco longa, mas vale a pena.

Uma das partes de que mais gostei:
"Qual a principal qualidade que um profissional deve ter para sobreviver hoje?
FLORIANO SERRA - Eu gosto de dizer que é a DUALIDADE, que defino como a habilidade de tirar resultados positivos das próprias contradições."



GERENCIANDO RESULTADOS E SENTIMENTOS
É possível ser feliz no trabalho - e ter lucro !

Pergunta - Em seu livro "O Gerente Que Veio do Céu" (Edit.Gente) você atribui aos gerentes a capacidade de criar felicidade nos funcionários. Quais as competências que ele deve ter para atingir esse objetivo?
FLORIANO SERRA - Todo "chefe" – que aqui generalizamos com o título de Gerente - tem o poder de influir no bem ou mal estar da sua equipe, dependendo de como ele usa esse poder. O mesmo poder que condena é o mesmo que perdoa, mas é preciso saber se o caminho por onde o gerente anda está na sombra ou no Sol. Além do salário, os funcionários buscam sobretudo reconhecimento no trabalho – que é uma das formas de realização, quando faz crescer. Mas se, ao invés de reconhecimento, o
gerente pratica grosseria, desqualificação, injustiça, indiferença – os membros da sua equipe certamente sofrerão com essa agressão porque se sentirão desrespeitados como pessoas e cidadãos. Nestes casos, pode ocorrer o comprometimento da saúde emocional (e até física, no caso de somatização) do funcionário e também repercussões negativas na sua vida familiar. É claro que o inverso é verdadeiro: o funcionário se sente feliz e realizado quando tem seu esforço e talento reconhecidos – e, de preferencia, recompensados. Portanto, a primeira competência que o gerente deve ter é assumir-se como pessoa, assumir que necessita usar tanto a razão quanto a emoção no trabalho e ter a consciência de que trabalha com pessoas – todos buscando os mesmos objetivos.

Pergunta - Qual a relação entre felicidade e liderança? Ser líder é distribuir felicidade?
FLORIANO SERRA - O líder é seguido espontaneamente porque faz as pessoas sentirem-se bem – uma das condições para a felicidade. Ser líder é saber conduzir pessoas para os resultados buscados, de uma forma que as dignifique, respeite, desenvolva e motive. Fatores como afetividade, bom humor, solidariedade, espirito de equipe, ética, transparência, reconhecimento, sensibilidade – devem estar, hoje, necessariamente unidos a competências, formação acadêmica, habilidades, talentos e experiências. É preciso que o líder tenha MBA ou seja PhD não só em termos acadêmicos, mas também em termos de relações humanas. Aí ele poderá ser um distribuidor da felicidade – sem deixar de atingir resultados.

Pergunta - Você tem uma abordagem bastante criativa e diferente sobre os aspectos emocionais que influenciam o âmbito profissional do ser humano, inserindo a figura do "Anjo" no contexto de trabalho. Como os anjos ajudam e influenciam os funcionários a crescerem?
FLORIANO SERRA - Acredito que cada pessoa tem – ou deveria ter – um motor espiritual. No meu caso, são os Anjos. No caso do guru Stephen Covey é a leitura diária de um trecho da Bíblia. Ou seja: não importa o nome que se dê a esse motor espiritual - fadas, duendes, gnomos – ou Anjos. O importante, como disse, é ter um potente motor espiritual, alimentado por crenças e valores que preguem o amor, a alegria, o respeito, a solidariedade e a convicção de que não estamos sós no Universo. É o que o meu amigo e prefaciador Victor Siaulys, do Grupo Aché, chama de "gerencia angelical" ou carinhosamente de "fórmula floriana"...Não podemos esquecer que há um "chefão" incomparavelmente superior aos daqui da Terra. Acreditar nisso, significa ter a humildade de reconhecer que temos limites diante de um poder maior que o nosso, significa aceitar que ninguém tem o monopólio da competência, da verdade e da sabedoria e que, portanto, todos temos ainda muito a aprender – seja com o chefe, com os colegas, com os clientes ou com os fornecedores. Mas há uma condição: só cresce quem acredita que ainda há espaço para isso. Quem já se acha perfeito, completo, não dará um único passo á frente. Este, tem muito a aprender, mesmo que não perceba nem reconheça isso.

Pergunta - Os gerentes devem desenvolver características de anjos para serem bons "coachs"?
FLORIANO SERRA - Se o que você chama de "características de Anjos" refere-se às qualidades humanas de relacionamento, como: empatia, compreensão, alegria, saber ouvir e sobretudo afetividade – então a resposta é "sim". O que se espera de um "coach" é sensibilidade para perceber quais as competências do seu funcionário que precisam ser desenvolvidas e prestar a orientação adequada. O conceito de "coach" ou de "counsellor" é muito interessante, uma vez que possibilita a transmissão, com diálogo, das competências dos mais experientes para os profissionais mais jovens ou em fase de desenvolvimento. Trata-se de um processo de orientação e crescimento que deve ser realizado com extrema habilidade, para que haja uma completa harmonia entre aquele que "ensina" e aquele que "aprende" . Não cabe ao "coach" apontar erros, mas recomendar melhorias. Não cabe a ele descobrir falhas, mas despertar talentos. Sempre com alegria, afetividade e interesse genuino de ajudar. Logo, uma boa dose de "anjice" no Gerente vai ajudá-lo – e muito – na sua atividade de "coach".

Pergunta - Como desenvolver a solidariedade dentro das empresas?
FLORIANO SERRA - Criando ou permitindo o desenvolvimento da "cultura dos Anjos" na organização. Trocando em miúdos: a empresa depende das pessoas e estas dependem uma das outras – é a consciência disso que inicia o conceito de equipe. Quem participa de uma equipe deve aprender a olhar e a ouvir os outros e, a partir daí, ajudá-los nas dificuldades e compartilhar os sucessos e desafios. A compreensão e a prática da solidariedade no trabalho começa aqui. Aliás, as vitórias numa empresa deveriam sempre ser compartilhadas – não há um responsável único por elas. No futebol, são necessários onze jogadores para que exista um artilheiro. Nem o box é individual: há toda uma equipe na retaguarda do lutador. O cantor que se apresenta sozinho também depende da uma infra-estrutura. No trabalho não é diferente. O "estrelismo" é anti-equipe e anti-solidariedade. Há empresas que publicamente assumem um clima organizacional de guerrilha, inclusive incentivando a competição interna - nem sempre leal. Essas empresas estão equivocadas, andando contra a História e vão implodir a qualquer momento. A solidariedade numa empresa se desenvolve e se alimenta a partir da cultura da vitória coletiva.

Pergunta - Como trabalhar, ao mesmo tempo, alegria e preocupação; competição e harmonia; emoção e razão na organização?
FLORIANO SERRA - Acho que a pergunta procurou abordar questões consideradas opostas ou antagônicas. Sob a ótica atual, não são mais, exceto para fins didáticos. O ser humano é essencialmente contraditório: nele habitam o medo e a coragem, a raiva e o amor, a alegria e a tristeza – não há nada de errado nisso. Pior que a contradição é a negação dela. O ser humano é assim e nunca existirá um gerente autocrata que transforme seu funcionário num robô - por mais tentativas e pressões que faça. Então, a questão pode ser resumida desta forma: como administrar as emoções no trabalho sem comprometer a busca de resultados? Para mim a questão é comportamental, e portanto emocional. Na sua pergunta, você fala em Alegria (que é uma emoção), fala em preocupação (que seguramente esconde Mêdo), competição (certamente um disfarce da Raiva – inveja, ressentimentos) e harmonia, que é feita de amor e alegria. Portanto, só falamos de Emoção. Resta a Razão – sem dúvida importante e necessária no trabalho. Nenhuma empresa viveria só de emoções – nem no campo artístico. Mas o importante é que nada disso é excludente entre si. Na verdade, Razão e Emoção não se opõem - se complementam. É preciso aprender e ensinar os profissionais a conviver com essas contradições no trabalho.

Pergunta - Você acha que os bons profissionais conseguem já equilibrar sentimentos e razão, subjetividade e objetividade, na conquista de uma meta comum ou felicidade comum?
FLORIANO SERRA - Sem dúvida. Alguns por "feeling", outros por experiência, outros por aprendizagem. Mas não há dúvida de que o chamado "bom profissional", sobretudo a partir de agora, tem que ter esse perfil. Os responsáveis pelo lucro, pela produção, pelas vendas – não deveriam ter medo da emoção, da subjetividade, da felicidade. O homem financeiro, o profissional de vendas ou o responsável pela produção também fica triste, bravo, também tem medos, inseguranças – então por que eles acham que na empresa devem se mostrar imbatíveis e durões? Por causa de premissas falsas, de valores e paradigmas desatualizados – em geral herdados na formação. E, claro, reforçadas e recompensadas por algumas culturas organizacionais teimosamente ultrapassadas.

Pergunta - Qual a principal qualidade que um profissional deve ter para sobreviver hoje? FLORIANO SERRA - Eu gosto de dizer que é a DUALIDADE, que defino como a habilidade de tirar resultados positivos das próprias contradições. Aqui se inclui administrar razão e emoção, felicidade e resultados, trabalho e qualidade de vida e quaisquer coisas consideradas antíteses. Ser DUAL é ser flexível, adaptável, capaz de harmonizar-se com os diferentes – sem perder a individualidade. Mas para usar uma expressão mais "empresarial", eu diria que essa qualidade principal é a COMPETENCIA GLOBAL (TECNICA E EMOCIONAL) que significa SABER e SENTIR. O sábio insensível é um arrogante, um sentimental inculto é um tolo. O profissional competente técnica e emocionalmente trabalha levando em consideração o QUANTO (produtividade/ lucro/resultados) mas sem abrir mão do COMO (relacionamento, ética, qualidade de vida). Esse perfil dá-lhe empregabilidade – o "estar empregado" cedendo lugar ao "ser empregável". E sem estresse. Não adianta se pre-ocupar com estabilidade no emprego. Isso não existe, nem para presidentes. Inclusive da República. Conclusão: ninguém deve alicerçar sua felicidade em coisas sobre as quais não tem poder de influência. O emprego é uma dessas coisas. As razões que levam uma empresa a demitir fogem da influência (e ás vezes até da compreensão) dos empregados. Portanto, para que se pre-ocupar com isto, esquecendo o presente – que é quem de fato constrói o futuro? Para encerrar: não esqueçamos que os Anjos também têm metas a cumprir aqui na Terra e têm que prestar contas ao "Chefão". Nem por isso se atropelam, se rivalizam, se estressam. O homem é um Anjo em treinamento. Com um pouco de boa vontade, dedicação e solidariedade, ganhar as asas é só uma questão de tempo.

* Floriano Serra é psicólogo, diretor de RH e Qualidade de Vida da APSEN Farmacêutica, eleita pelo 4o. ano consecutivo "uma das Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil" (Revistas EXAME- VOCÊ SA FIA e ÉPOCA/Great Place to Work). Está entre as 10 primeiras no ano de 2008.

Monday, March 2, 2009

Italiano em Malta

Um vídeo antigo, mas vi hoje pela primeira vez.. Muito bom..
Se você já viu algum italiano falando inglês você vai gostar.

Monday, February 9, 2009

Discurso de Steve Jobs - Stanford University

Já fazia algum tempo que eu estava com este vídeo na minha lista de pendências. Finalmente resolvi parar 15 min para vê-lo.
Apresenta o discurso de Steve Jobs na formatura de Stanford em 2005.
Vale a pena.
Se não funcionar direto do blog, podem clicar em