Sunday, January 10, 2010

I Simpósio Internacional sobre Saúde Quântica e Qualidade de Vida - Recife-PE






Algumas pessoas me perguntaram sobre o I Simpósio Internacional sobre Saúde Quântica e Qualidade de Vida realizado nos dias 27, 28 e 29 de novembro, no Centro de Convenções, Recife-PE. Eu já estava há algum tempo preparando esse post, mas acabei adiando por razões diversas.. Hoje, finalmente o concluí. :)

No geral, o evento foi excelente. Mais de 800 pessoas presentes, tendo muita gente de fora do estado. Encontrei gaúchos, alagoanos, paulistas, ....
As palestras foram muito boas. Fiquei impressionado com o caráter científico e com a profundidade com que os temas foram tratados. Alguns deles até demais.. :P

Wallace Carvalho abriu o evento com uma visão geral e rápida da Medicina Quântica. Falou sobre a necessidade de termos uma medicina integral e não reducionista, complementar à medicina alopática. Trouxe alguns dados sobre doenças e sobre a necessidade de uma abordagem menos voltada para os sintomas e mais para a prevenção. Para Wallace, a doença pode ser entendida como um distanciamento da nossa essência.

Ainda na sexta, tivemos a apresentação de Miria de Amorim, trazendo o resultado de algumas pesquisas que ela vem desenvolvendo sobre Fatores de Auto-Organização, ou FAO. Pelo que entendi, é uma evolução da homeopatia. Na sua apresentação, ela citou os trabalhos de David Bohm (http://pt.wikipedia.org/wiki/David_Bohm), também citado em muitas outras apresentações. Uma metáfora legal que ela utilizou foi a do sapo, que quando colocado em uma panela com água quente, pula imediatamente. Quando colocado na mesma panela, mas com água fria, ele fica. E aumentando a temperatura aos poucos, ele não nota a mudança e acaba morrendo. Ela ainda cita os trabalhos de Mona Lisa Schulz (http://www.drmonalisa.com/). Mais informações sobre seus trabalhos em http://www.fatoresdeautoorganizacao.com.br/.



O sábado iniciou-se com a palestra do Richard Amoroso. Apesar da cara sisuda, na foto acima, ele é uma figura. Entrou no "palco" com uma peruca loira imitando a Elisabeth Rauscher, sua amiga palestrante que viria em seguida. Trouxe um termo novo pra mim: "Noetic Medicine" ou "Medicina Noética". Parando pra rever minhas anotações sobre a palestra dele acabei de notar que num entendi muita coisa não. :P De qualquer forma, me pareceu legal e sinto que vale a pena dar uma fuçada nos seus trabalhos. O site do instituto dele é o http://www.noetic.org/. Ah sim.. Ele comentou que está desenvolvendo um computador quântico. Mermão, se esse negócio for verdade, estamos diante de uma revolução. :)

Após Amoroso, subiu no palco Elisabeth Rauscher. A sua apresentação foi bastante técnica, focando nos seus trabalhos para o desenvolvimento de um marcapasso externo. Segue matéria que saiu no Diário de Pernambuco (http://www.pernambuco.com/educacao/materias/2009/marcapasso.shtml).

Depois do almoço, ou antes, nem lembro mais, foi a vez do Eduardo Chianca. O mais doidinho entre eles, e, naturalmente, com quem mais me identifiquei. :P
Falou sobre seres pleiadianos.. [hum?]
Falou sobre hologramas.. [hum?]
Falou sobre noosfera... [hum?]
Falou sobre registros akashicos.. [:/ hum?]
É.. devo admitir.. num entendi muita coisa não.. hehehe ... Mas que foi legal foi..
Ele citou um livro chamado A Biologia da Crença, de Lipton. Também citou um trabalho de uma americana chamada Jill Taylor. Tem uma apresentação legal dela em http://www.ted.com/talks/lang/eng/jill_bolte_taylor_s_powerful_stroke_of_insight.html. Tem legenda em português.

Thornton Street veio em seguida. Indo direto ao assunto, ele apresentou algumas tecnologias para tirar fotos dos chakras. Uma delas é a PIP ( Polycontrast Interference Photography), desenvolvida na década de 1980. Mais informações em http://www.item-bioenergy.com/pip/index.html. Também falou um pouco sobre a GVD (http://analisegdv.com.br/gdv.php). Segundo Street, com essas fotos, fica fácil identificar os padrões energéticos e atuar de de forma mais precisa, ajudando o trabalho do médico na prevenção da doença e o trabalho do paciente na análise dos seus padrões emocionais que precisam ser tratados. Achei interessante. Já tinha visto aquelas fotos Kirlian, mas isso é novidade demais pra minha cabeça.

Ainda no sábado, tivemos o Francisco Di Biase. O cara é uma figurassa. Um pesquisador altamente desenrolado. Também gostei dele. Ele falou muito de hologramas. Falou de modelo holoinformacional. Pelo que entendi, a ideia de hologramas é a de que o micro reflete o macro, e vice-versa. Na matemática, estuda-se algo parecido, os fractais.
Ele fala da consciência não-local quântica. [hum?]
Fala sobre Lei da Conservação da Informação; sobre o princípio organizacional cósmico.

Aí já estamos chegando no domingo. Foi difícil acordar às 6h30 depois da farra no sábado... Mas cheguei a tempo de ver a mesma Elisabeth Rauscher da véspera trazendo mais viagens pra minha cabeça cabeçuda. Ela falou da frequência da terra e de como essas frequências afetam nossa frequência cerebral e nosso corpo. Biologial Fields (ou Campos Biológicos) foi um dos termos que usou bastante. Ela tem estudos que comprovam essa teoria. E foi a partir desses estudos que ela desenvolveu o novo marcapasso. Lembro que ela comentou algo sobre a importância das células Purkinje do cerebelo.

O sérvio Dejan Rakovic veio em seguida. Essa foi uma das apresentações mais difíceis pra mim. Tipo, eu sou da área de exatas, mas quando vi o cara cheio de fórmula no quadro, minha cabeça deu um nó. Na real, nem me lembro mais quais foram as conclusões que ele chegou. :) Foi mal.. Lembro que ele falou sobre PEAT (Psycho Energetic Aura Technology) que me pareceu uma terapia em que se apertam os pontos da acupuntura com os dedos. Mais informações em http://www.spiritual-technology.com/por/peat.html. Por fim, ele citou o livro de Holographic Universe, de Talbot.

Caramba, esse post tá ficando longo... Relaxa, faltam só duas palestras.

O próximo foi o russo Vladislav Lugovenko, um pesquisador bem idoso, mas ainda bem lúcido. Falou pouco, mas contribuiu para bagunçar ainda mais meus neurônios... Ele comentou sobre a "Respiração da Terra". Também relatou uma correlação entre o aumento da incidência de raios solares e o nascimento de crianças índigo. [hum?]
Um negócio legal que ele mostrou foi um gráfico com a correlação entre o contato com o eu superior e a idade. Acho que se procurar o nome dele no google acha essa pesquisa dele.

Por fim, a figura mais esperada, Amit Goswami. O cara é autor de diversos livros na área de Física Quântica e Espiritualidade. Uma de suas primeiras frases na palestra foi: "A Física Quântica está ajudando a desenvolver um novo contexto, onde essas terapias alternativas fazem todo sentido"; e eu acrescentaria, deixando de serem tidas como crendices. Sua apresentação foi bem filosófica. Falou sobre o dualismo (mente x matéria), falou sobre a visão mecânica e determinista do mundo, visto como um relógio. Ele também cita David Bohn. [Preciso dar uma olhada nesse cara.] Em mais uma de suas filosofadas, ele traz a diferença entre o cientista e o mestre zen:
O cientista diz: "I open my eyes"
O mestre zen dis: "I close my eyes" :)
E ele deixa claro que não defende nem um nem outro. Até porque parece que ele é um pouco dos dois. Ele defende o equilíbrio entre a investigação racional e cabeçuda das coisas e o fechar dos olhos, se abrindo para a intuição. [É... parece fazer sentido]. O mestre e cientista Amit Goswami começa a viajar ainda mais [no bom sentido] quando apresenta a ideia de blue prints (ou moldes). Segundo ele, ou segundo o que eu consegui entender, é como se o corpo fosse um molde para a consciência. É nesse momento que ele apresenta a ideia de campos morfogenéticos. [hum?]
Por fim, ele chega em num dos pontos que vem sendo o seu foco: criatividade. E por que ele trata da criatividade numa palestra sobre saúde quântica? Pelo que entendi, ele traz a ideia da não-localidade da Física Quântica, afirmando que o processo criativo se desenvolve através de insights não-locais, resultado de processos do-be-do-be-do-be... ou, em português, fazer-ser-fazer-ser-fazer-ser... É no equilíbrio entre esses dois verbos que se encontra, segundo o Amit, a chave do processo criativo.

Bom, em resumo, foi isso que captei.
Um comentário que rolou durante as apresentações foi o da criação de uma "Universidade Holística" em Pernambuco. Tomara que esse projeto vá adiante.

E espero que tenhamos mais eventos como este.
Parabéns a Wallace Carvalho pela a iniciativa.